A abertura ocidental por onde desce o Sol também é, no México, o útero arquetípico da morte que extermina o que nasceu. Para os astecas entretanto, o ocidente é o "lugar das mulheres", buraco primitivo da terra por onde nasceu a humanidade. O ocidente seria então a residência dos deuses primordiais, a terra natal do milho e o lar mítico original de todas as raças.
O símbolo das mulheres mortas no parto, tornando-se demônios femininos atormentados, também pertencem ao simbolismo do ocidente. Elas representam o poder do tempo antes dos tempos, como demônios femininos da aurora matriarcal, elas ainda são aquelas dos últimos dias que engolirão a humanidade quando o fim do mundo se aproximar e com isso causarão o desmoronamento e a colisão do Sol, da Lua e das Estrelas é quando toda a humanidade será tragada.
A concepção de mundo do povo asteca é marcada pela crença de que a noite do infortúnio está à espreita de qualquer ser vivo. O universo asteca pode ser caracterizado como instável e permanentemente ameaçado. Além das suas quatro eras terminarem em catástrofe, o calendário que abrange cinqüenta e dois anos, anuncia um ano "ce-actl", um ano de possível fim dos tempos. Este lapso de cinqüenta e dois anos é análogo ao horário da meia-noite de um dia completo e ao solstício de inverno, referente a um ano. Nestas ocasiões, todos os vasos são destruídos e todo o fogo é apagado. É a hora do julgamento e a passagem deste perigoso momento é celebrada com júbilo orgiástico.
Texto retirado do site: www.xamanismo.com.br
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