25 de junho de 2010

É assim que te quero, amor...


...Assim, amor, é que eu gosto de ti,
tal como te vestes
e como arranjas
os cabelos e como
a tua boca sorri,
ágil como a água
da fonte sobre as pedras puras,
é assim que te quero, amado,
Ao pão não peço que me ensine,
mas antes que não me falte
em cada dia que passa.
Da luz nada sei, nem donde
vem nem para onde vai,
apenas quero que a luz alumie,
e também não peço à noite explicações,
espero-a e envolve-me,
e assim tu pão e luz
e sombra és.
Chegastes à minha vida
com o que trazias,
feito
de luz e pão e sombra, eu te esperava,
e é assim que preciso de ti,
assim que te amo,
e os que amanhã quiserem ouvir
o que não lhes direi, que o leiam aqui
e retrocedam hoje porque é cedo
para tais argumentos.
Amanhã dar-lhes-emos apenas
uma folha da árvore do nosso amor, uma folha
que há de cair sobre a terra
como se a tivessem produzido os nosso lábios,
como um beijo caído
das nossas alturas invencíveis
para mostrar o fogo e a ternura
de um amor verdadeiro.

Pablo Neruda

20 de junho de 2010

A Noite na Ilha



Dormi contigo a noite inteira junto do mar, na ilha.
Selvagem e doce eras entre o prazer e o sono,
entre o fogo e a água.
Talvez bem tarde nossos
sonos se uniram na altura e no fundo,
em cima como ramos que um mesmo vento move,
embaixo como raízes vermelhas que se tocam.
Talvez teu sono se separou do meu e pelo mar escuro
me procurava como antes, quando nem existias,
quando sem te enxergar naveguei a teu lado
e teus olhos buscavam o que agora - pão,
vinho, amor e cólera - te dou, cheias as mãos,
porque tu és a taça que só esperava
os dons da minha vida.
Dormi junto contigo a noite inteira,
enquanto a escura terra gira com vivos e com mortos,
de repente desperta e no meio da sombra meu braço
rodeava tua cintura.
Nem a noite nem o sonho puderam separar-nos.
Dormi contigo, amor, despertei, e tua boca
saída de teu sono me deu o sabor da terra,
de água-marinha, de algas, de tua íntima vida,
e recebi teu beijo molhado pela aurora
como se me chegasse do mar que nos rodeia.

(Pablo Neruda)

12 de junho de 2010

Indecências


Quantas esteiras de luz
se acendem
quando me tocas?
Milhares de estrelas
espetam meus dedos
rios se perdem
deixando em abandono
os seus leitos.
E um atropelo de veias
sangue correndo veloz
sem saída.
Tantas farpas
me cortam a pele
tantos frios
eriçam meus pelos
quando me tocas...
Eu ardo febril
- tantas chamas -
e tremo de medo
- quantos gelos -
quando me tocas...
Tantas catástrofes
tumultos
revoltas
provocas em mim.
Alteram-se os sais
queimam-se calorias
e quantas loucuras
submetes minha química
quantas queimaduras
me causa a tua pele.
A quantos perigos
me exponho
quando me tocas...

(Texto retirado da Net)


Dia dos namorados.
É assim que te quero meu amor
Queres-me assim?
Meu homem, meu amado, meu namorado...
És minha luz, amor da minha vida.

9 de junho de 2010

Em algum lugar me encontro deitada...


... com longos vestidos graves,
como um quadro, tênue de cor, muito sereno.


E reconheço-me.


Não há paisagem nenhuma, apenas um vazio imenso,
a luz de um crepúsculo imóvel,
uma grandiosa quietude.


Em algum lugar me encontro assim deitada,
sem brisa que me altere, presença que me perturbe.
Do céu à terra, de leste a oeste, tudo é muito longe,
infinitamente, num lugar de nenhum país.


Horizontes de esquecimento circundam a imagem,
a imagem minha que parece venturosa,
que descansa em nobre solidão,
que talvez esteja sonhando
sonhos que jamais conhecerei,
mas que dão a seus olhos fechados
uma plácida curva.


Reconheço-me e ignoro-me.
(Uma noite dentro de outra noite.)


(Cecília Meirelles)

6 de junho de 2010

Burn in Hell


Welcome to the abandoned land
Come on in, child; Take my hand
Here there's no work or play
Only one bill to pay
There's just five words to say
As you go down, down, down

You're gonna Burn in Hell
Oh, Burn in Hell

You can't believe all the things I've done wrong in my life
Without even trying I've lived on the Edge of a Knife
Well, I've played with fire, but I don't want to get myself burned
To thyn known self be true, so I think that it's time for a change

Before I Burn in Hell
Oh, Burn in Hell

Take a good look in your heart; Tell me what do you see ?
It's black and it's dark, now is that how you want it to be ?
It's up to you; What you do will decide your own fate
Make your choice now for tomorrow may be far too late

Hear no Evil, don't you
See no Evil, don't you
Lay no Evil down on me
You're gonna Burn in Hell
Speak no Evil, don't you
Think no Evil don't you
Play with Evil, 'cause I'm free

(Cover do Twisted Sister feito pelo Dimmu Borgir)


1 de junho de 2010

O Carro



O Carro é representado por um arquétipo simbolizador de motivação, força de vontade e honestidade que são impulsionadores do progresso contínuo.

Representa o auto controle, a confiança e retidão nos nossos atos. Poderá ser você o verdadeiro impulsionador destas características, ou alguém que exerce essa influência em si de forma a ajudá-lo a cumprir os seus objetivos.

No caso de se tratar de uma influência externa, ter cuidado ao avaliá-la pois inicialmente poderá parecer muito autoritária ou exigente, mas que no entanto poderá vir a ser uma verdadeira ajuda no cumprimento do nosso caminho, ao mostrar-lhe o significado da verdadeira motivação, honra, e retidão naquilo que fazemos.

No entanto temos que avaliar com atenção qual a altura certa para agir e realmente tomar controle da nossa jornada espiritual e física, pois essa escolha será essencial para o nosso triunfo.

Ainda como carta futura, esta carta avisa expressamente que nos cabe tomar total controle da nossa vida, reprimindo as nossas emoções se necessário e focar-se naquilo que realmente nos interessa de uma forma aventureira e destemida.

Ou também poderá significar que estamos sendo muito controladores e egocêntricos nos fazendo errar nas nossas opções simplesmente porque não ouvimos mais ninguém a não ser a nós próprios.

O 7º Arcano do Tarot nos incita a dar atenção às coisas e pessoas que nos rodeiam.


(Texto retirado da net)