- Não, o amor nem sempre supera tudo.
Disse a moça apaixonada. Que pensava sobre o amor impossível com o jovem que ela acabava de descobrir que era um Príncipe.
Sabia o quão distante eram suas vidas, o quanto eram diferentes e quanto isso tudo iria pesar na união dos dois.
Pensou nas situações que os dois possivelmente iriam passar, se por acaso ele decidisse ficar com ela, a Plebéia.
Será que ele lutaria pelos dois? Será que ele aceitaria enfrentar a fúria do preconceito social para ficar ao lado da moça que o encantava?
- Não...Pensava ela.
Ele não a amava tanto para isso, e enfrentar a sociedade é querer muito de um jovem como ele.
Ou talvez a amasse, mas este não é um conto de fadas comum, contado de geração em geração em que os princípios de honra e lealdade são mais valiosos que o bens materiais.
Após esta revelação o Príncipe se afastou da moça, parou de enviar cartas e nunca lhe disse o motivo pelo qual a rejeitou.
Apenas se afastou em silêncio.
Ela não conheceu o rapaz... Nem sabe se o conhecerá, e às vezes ela questiona:
- Ele é real? Será que existe mesmo?
Apesar de estar seguindo adiante sua vida, ela às vezes, procura as feições do jovem amado em rostos desconhecidos que passam nas ruas.
Por que, para ela o que ficou dele foi a imagem de um simples rapaz gentil, atencioso, que a conquistou com palavras, e que só o viu em sonhos, pois, ela se apaixonou não foi pelo Príncipe, mas pelo homem.
E homens vivem como “homens”, criam regras sem escrúpulos, colocam “paredes” entre as pessoas e as separam, excluem, marginalizam e inferiorizam.
E sozinha, em seu pequeno refúgio próximo de sua casa na beira do mar, pensa a jovem Plebéia:
- Amor impossível? Não, não há. Há pessoas incapazes de lutar pelo amor.
E isso é o que ficará.
Trecho do conto: O Príncipe e a Plebéia, escrito por Morgana
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