23 de março de 2010

Uma noite me balancei no céu



"Uma noite me balancei no céu.

O balanço era de flores ou de estrelas,
e suas pontas perdiam-se no Norte e no Sul,
e atiravam-me de Leste a Oeste.


Desci do sonho melancólica.
Às vezes suspiro por esse alto sonho.
Contá-lo não é nada: mas vivê-lo:
mas estar longe, numa solidão deleitosa,
mas crer, afinal, que há um tempo de viver..."

(Cecília Meireles)

Sim... Há em mim um lado infantil que não cresce jamais.
Este é o lado que me faz sonhar, acreditar em flores...
Acreditar que as coisas podem ser diferentes.
Crer na força de um amor verdadeiro, da justiça, da lealdade...
Que posso ter esperanças em dias melhores.
Que algum dia ouvirão em meu silêncio sombrio
e o eco do meu grito silencioso...
Que aceite e compreenda sem a necessidade das palavras
E que saiba, que apesar de um dia eu já ter sido gente grande,
que teve os sonhos estraçalhados e jogados no chão,
se depender de mim, nunca ficarei completamente madura,
nem nas idéias, nem no estilo.
Mas sempre verde, iniciante, experimental.

(By Morgana)

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