24 de março de 2010

A Rua dos Cataventos


Da vez primeira em que me assassinaram,
Perdi um jeito de sorrir que eu tinha.
Depois, a cada vez que me mataram,
Foram levando qualquer coisa minha.

Hoje, dos meus cadáveres eu sou
O mais desnudo, o que não tem mais nada.
Arde um toco de Vela amarelada,
Como único bem que me ficou.

Vinde! Corvos, chacais, ladrões de estrada!
Pois dessa mão avaramente adunca
Não haverão de arrancar a luz sagrada!

Aves da noite! Asas do horror! Voejai!
Que a luz trêmula e triste como um ai,
A luz de um morto não se apaga nunca!

(Mário Quintana)
...
Nas sombras...
Sem paisagens, sem lua,
sem noite, sem a música do mar...
Apenas o mesmo vazio de sempre...
... o mesmo silêncio melancólico
Apenas o mesmo sangue morto nas veias deste anjo caído.
Maldita! Acolhida pelas trevas...
Nada mais...

E se for mais um teste do destino, peço aos meus guardiões forças para lutar...
(By Morgana)

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