Nua, mas para o
amor não cabe o pejo
Na minha a sua boca eu
comprimia.
E, em frêmitos carnais, ela dizia:
–
Mais abaixo, meu bem, quero o teu beijo!
Na
inconsciência bruta do meu desejo
Fremente, a minha boca
obedecia,
E os seus seios, tão rígidos
mordia,
Fazendo-a arrepiar em doce arpejo.
Em
suspiros de gozos infinitos
Disse-me ela, ainda quase em
grito:
– Mais abaixo, meu bem! – num frenesi.
No
seu ventre pousei a minha boca,
– Mais abaixo, meu bem!
– disse ela, louca,
Moralistas, perdoai!
Obedeci....
Olavo Bilac
3 comentários:
Ai que "coisa" deliciosa de se ler, adorei e copiei... *rs
Beijocas e ótima semana!
Fique a vontade Satine que a casa é sua rsrsrs
Beijão
Obrigada, Querida.
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