20 de outubro de 2012

A uma mulher amada




Ditosa que ao teu lado só por ti suspiro!
Quem goza o prazer de te escutar,
quem vê, às vezes, teu doce sorriso.
Nem os deuses felizes o podem igualar.

Sinto um fogo sutil correr de veia em veia
por minha carne, ó suave bem-querida,
e no transporte doce que a minha alma enleia
eu sinto asperamente a voz emudecida.

Uma nuvem confusa me enevoa o olhar.
Não ouço mais. Eu caio num langor supremo;
E pálida e perdida e febril e sem ar,
um frêmito me abala... eu quase morro ... eu tremo.

(Safo)

Um comentário:

Sattine Rouge disse...

Mel...
Grata sempre pelo carinho. Das criancinhas, entendi a brincadeira. ;-) E do Poeta, sempre maravilhoso.

Também adoro vir por aqui a visitá-la... Lindos escritos, mas adorei mesmo a imagem... *rs

Beijocas e um ótimo final de semana.