Seu velado sorriso fertiliza
a paisagem estéril ao fundo
de seus olhos insinuantes
agitam meu oceano libídico.
A ausência de rosas, dálias,
papoulas, margaridas…
de flores não afasta de você
a primavera, mesmo após várias luas.
O retrato perde-se na moldura,
mas a mulher é o abismo de aromas,
corredor presente de vôos possíveis
onde debilmente macho
tateio meu futuro infantil.
Em suas fontes, matas,
montes e curvas de além-mar,
dedilho, navegante, a música de
toda minha existência.
(Carlos J. Tavares Gomes)
Um comentário:
Grande poema...
para criaturas divinamente intrigantes!
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