13 de novembro de 2010

Colada à tua boca...



Colada à tua boca a minha desordem.

O meu vasto querer.
O incompossível se fazendo ordem.
Colada à tua boca, mas
escomedida.
Árdua.
Construtor de ilusões examino-te ôfrega
Como se fosses morrer colado à
minha boca.
Como se fosse nascer
E tu fosses o dia magnânimo
Eu te sorvo extremada à luz do
amanhecer.

(Hilda Hilst)

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