30 de agosto de 2012
29 de agosto de 2012
Me encante
Me encante da maneira que você quiser, como você souber.
Me encante, para que eu possa me dar...
Me encante nos mínimos detalhes.
Saiba me sorrir: aquele sorriso malicioso,
Gostoso, inocente e carente.
Me encante com suas mãos,
Gesticule quando for preciso.
Me toque, quero correr esse risco.
Me acarinhe se quiser...
Vou fingir que não entendo,
Que nem queria esse momento.
Me encante com seus olhos...
Me olhe profundo, mas só por um segundo.
Depois desvie o seu olhar.
Como se o meu olhar,
Não tivesse conseguido te encantar...
E então, volte a me fitar.
Tão profundamente, que eu fique perdido.
Sem saber o que falar...
Me encante com suas palavras...
Me fale dos seus sonhos, dos seus prazeres.
Me conte segredos, sem medos,
E depois me diga o quanto te encantei.
Me encante com serenidade...
Mas não se esqueça também,
Que tem que ser com simplicidade,
Não pode haver maldade.
Me encante com uma certa calma,
Sem pressa. Tente entender a minha alma.
Me encante como você fez com o seu primeiro namorado...
Sem subterfúgios, sem cálculos, sem dúvidas, com certeza.
Me encante na calada da madrugada,
Na luz do sol ou embaixo da chuva....
Me encante sem dizer nada, ou até dizendo tudo.
Sorrindo ou chorando. Triste ou alegre...
Mas, me encante de verdade, com vontade...
Que depois, eu te confesso que me apaixonei,
E prometo te encantar por todos os dias...
Pelo resto das nossas vidas!
Pablo Neruda
24 de agosto de 2012
Nua
Retiro de mim as vestes de mulher e desnudada entro na poesia.
Humilde, descalço meus pés e passeio pelas palavras
que cobrem meu corpo.
Percorro a minha memória e encontro as sílabas que sussurrei
ao amor, mas que o vento as levou para longe... Perdi-as.
Deito-me na palavra saudade e nela revejo minha vida
e faço um verso com que me cubro.
Sonho com frases que a minha boca não sabe dizer mas
que a alma sente. São palavras de amor.
Isabel Maria
16 de agosto de 2012
Wish You Were Here
Como eu queria, como eu
queria que você estivesse aqui
Somos apenas duas almas
perdidas
Nadando num aquário
Ano após ano
Correndo sobre este
mesmo velho chão
O que encontramos?
Os mesmos velhos medos
Queria que você
estivesse aqui
Pink Floyd
8 de agosto de 2012
Mas...
... porque as coisas
são mesmo assim, talvez por certa magia, predestinações, sinais ou
simplesmente acaso, quem saberá, ou ainda por ser natural que assim
fosse, e menos que natural, inevitável, fatalidade, trágicos
encantos - enfim, houve um dia, marco, em que o tocaram de leve no
ombro.
Ele olhou para o lado. Ao lado havia Outra Pessoa. A Outra
Pessoa olhava-o com cuidadosos olhos castanhos. Os cuidadosos olhos
castanhos eram mornos, levemente preocupados, um pouco expectantes.
As transformações tinham se tornado tão aceleradas que, no
primeiro momento, não soube dizer se a Outra Pessoa via a ele ou a
Ela, se se dirigia à moldura, à casca, ao cristal ou ao desenho, ao
corpo original, às gotas de sangue. Isso num primeiro momento. Num
segundo, teve certeza absoluta que se tinha desinvisibilizado. A
Outra Pessoa olhava para uma coisa que não era uma coisa, era ele
mesmo. Ele mesmo olhava para uma coisa que não era uma coisa, era
Outra Pessoa. O coração dele batia e batia, cheio de sangue.
Pousada sobre seu ombro, a mão da Outra Pessoa tinha veias cheias de
sangue, latejando suaves.
Alguma coisa explodiu, partida em cacos.
A partir de então, tudo ficou ainda mais complicado. E mais real.
Caio F. Abreu
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2 de agosto de 2012
O Eremita
Hora de se recolher, se
voltar para o interior e avaliar o que está acontecendo na vida.
O Eremita é um
convite à reflexão, um diálogo imaginário com um inesquecível
amigo, neste momento nenhum conselho externo servirá, por mais bem
intencionado que possa ser. Procure as respostas no seu interior.
Procure acima de tudo, mergulhar na importância de se ter um
objetivo na vida.
“ Quem olha para
fora, sonha; quem olha para dentro, acorda. “
Jung
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