25 de setembro de 2013

Prece

"Oh! Quão doce e consoladora é a certeza de que não há
entre nós mais do que um véu material que te oculta às
minhas vistas! De que podes estar aqui, ao meu lado, a me
ver e ouvir como outrora, senão ainda melhor do que outrora;
De que não me esqueces, do mesmo modo que eu te
não esqueço; De que os nossos pensamentos constantemente
se entrecruzam e que o teu sempre me acompanha e
ampara.

Que a paz do Senhor esteja contigo"

Prece espírita retirada do Evangelho Segundo o Espiritismo de Allan Kardec - Pág 544

A UM AUSENTE



Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.

Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?

Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.

Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste


Carlos Drummond de Andrade


SMC  

RIP - 25/09/2006

17 de setembro de 2013

A Cópula



Depois de lhe beijar meticulosamente 
o cu, que é uma pimenta, a boceta, que é um doce, 
o moço exibe à moça a bagagem que trouxe: 
culhões e membro, um membro enorme e turgescente.


Ela toma-o na boca e morde-o. Incontinenti, 
Não pode ele conter-se, e, de um jacto, esporrou-se. 
Não desarmou porém. Antes, mais rijo, alteou-se 
E fodeu-a. Ela geme, ela peida, ela sente 


Que vai morrer: - "Eu morro! Ai, não queres que eu morra?!" 
Grita para o rapaz que aceso como um diabo, 
arde em cio e tesão na amorosa gangorra 


E titilando-a nos mamilos e no rabo 
(que depois irá ter sua ração de porra), 
lhe enfia cona adentro o mangalho até o cabo.

Manuel Bandeira

1 de setembro de 2013

O Mago



Pense em algo que deseja muito, mas sem se fazer de rogado, ou seja, sem a menor censura. 
Pois O Mago é capaz de te trazer qualquer coisa! A carta 1 do Tarô é mais do que o primeiro passo, ela é a realização concreta de algo que, até então, só existia no mundo das nossas vontades, dos nossos desejos mais intrínsecos.

A carta do Mago é uma carta de poder no sentido que ela significa estarmos nos sentindo fortes e no controle das nossas vidas. Isso quer dizer que estamos aptos a conduzir nossas vidas de forma bastante positiva pois a capacidade de transformarmos velhas situações 
e criarmos outras novas é a verdadeira mágica.


“Seja em tuas obras, como és em teus pensamentos...”