18 de junho de 2013

Felicidade realista



De norte a sul, de leste a oeste, todo mundo quer ser feliz. Não é tarefa das mais fáceis. A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.

Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis. Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica, a bolsa Louis Vitton e uma temporada num spa cinco estrelas. E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito.

É o que dá ver tanta televisão. Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Por que só podemos ser felizes formando um par, e não como ímpares? Ter um parceiro constante não é sinônimo de felicidade, a não ser que seja a felicidade de estar correspondendo às expectativas da sociedade, mas isso é outro assunto. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com três parceiros, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.

Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade.

Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar. É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um game onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo.

Martha Medeiros

14 de junho de 2013

A Perpértua Sophia


Dentro do paraíso, a serpente encontrará o caminho
Ela é Lilith, caída dos céus
Caia no nosso mundo, a serpente do paraíso
Você é a servente da sabedoria nas músicas de Orfeu

Ela é a sabedoria e a verdade: a eterna Sophia
Perpétua, além do tempo, ela é única
Você é o rio, você é a matriz
A perpétua
A Sophia

Sophia está aqui
Precisamos temer?
Ela é a pérola da mente
... ou a serpente para o cego
Ele me fará ver
Ou ela me punirá
Ela aparece em glória
Ou desaparece

Ela é a sabedoria, e a verdade: a eterna Sophia
Perpétua, além do tempo, ela é única
Você é o rio, você é a matriz
A perpétua
A Sophia

Shekinah, shekinah
Eterna Sophia
Shekinah, shekinah
Eterna Sophia

Ela é a sabedoria, e a verdade: a eterna sophia
Perpétua, além do tempo, ela é única
Você é o rio, você é a matriz
A perpétua
A Sophia...
Sophia...

(Therion)

Tá aí uma música perfeita de uma banda maravilhosa da qual sou fã!



The Perennial Sophia


Enter paradise, the snake will find the way
She is lilith, fallen from the sky
Fall into our world, the snake of paradise
(you're the) maid of wisdom in (the) songs of orpheus

She's the wisdom, and the truth: the eternal sophia
Perennial, beyond the time, she is the one
You're the river, you're the womb
The perennial
The sophia

Sophia is here
Do we need to fear?
She's the gem of (the) mind
... (or the) serpent for the blind
She will make me see
Or she will punish me
She appear in a glare
Or disappear

She's the wisdom, and the truth: the eternal sophia
Perennial, beyond the time, she is the one
You're the river, you're the womb
The perennial
The sophia

Shekinah, shekinah
Eternal sophia
Shekinah, shekinah
Eternal sophia

She's the wisdom, and the truth: the eternal sophia
Perennial, beyond the time, she is the one
You're the river, you're the womb
The perennial
(the) sophia...
Sophia...

Therion

12 de junho de 2013

Um toque



Um toque,
Que provoque...
Uma tempestade...
Uma vontade...


Um toque,

Mais leve...

Uma carícia pede...
Um retoque...

Um toque
Um beijo
Um leque...

Um desejo...
Que sufoque...
Um gracejo...

Outro beijo..
Na pele...
Que desejo...

Um riso...
Dentro do riso...
Um suspiro...

E tudo volta
A ser...
Apenas um toque...



Betânia Uchôa

2 de junho de 2013

A Força



A Persuasão é mais forte que a Violência.

Virtude. Coragem. Potência anímica. Integração harmoniosa das forças vitais.

A Força é a carta da persuação, 8º Arcano Maior do Tarot representado o domínio dos instintos.  
Sendo assim, é uma carta importante, que indica que você está usando o que tem de melhor em si mesmo, 
dentro do que pode ser feito neste momento. 
Percebe que pode contar consigo mesmo e que embora suas capacidades possam ser limitadas, você sabe como administrá-las, 
podendo até conseguir coisas que achava impossível alcançar.
O leão representa forças brutas influentes, tentações, delírios de alma, exigindo controle firme e determinação.
Esta carta mostra a capacidade que temos de enfrentar as situações que precisamos para realizar nossa missão, 
e este poder vem da força moral, autodisciplina e controle.
É um momento onde estamos conscientes de nós mesmos, e em plena conexão com nossos instrumentos fica muito mais fácil 
lidar com as próprias emoções e com as emoções dos outros
Mostra que a pessoa já está dominando seus instintos, que percebe que tem limites e está premeditando a melhor forma de 
usar tudo aquilo que ele tem. Fala que a pessoa esta sabendo lidar melhor com seu lado emocional, 
e esta canalizando melhor sua energia.
        
Indica que é capaz de ver com clareza a situação que está ao seu redor e o que precisa fazer, 
com o que pode contar para realizar seus objetivos.
É a vitória da inteligência sobre os instintos brutais!



"Não ser selvagem! Que sou eu senão um selvagem, ligeiramente polido, com uma tênue camada de verniz por fora? Quatrocentos anos de civilização, outras raças, outros costumes. É eu disse que não sabia o que se passava na alma de um caeté! Provavelmente é o que se passa na minha, com algumas diferenças."

“Caetés”, Graciliano Ramos